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As torcidas dos dois times de futebol de Campina Grande, cidade do interior da Paraíba, já têm um ídolo em comum: o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que acaba de fazer uma proposta para dedicar R$ 600 mil de suas emendas individuais para o clube Campinense, que joga pela série D, e para o Treze, que atua na C. O valor é três vezes maior do que dinheiro empenhado pelo parlamentar para a compra de equipamentos hospitalares para a Fundação Assistencial da Paraíba, no mesmo município. Ainda precisa de aprovação pela Comissão de Orçamento e depois passar pelo crivo do Congresso Nacional.

Na proposta orçamentária de 2013, cada um dos 81 senadores e 513 deputados terão o direito de propor até R$ 15 milhões em emendas desse tipo, geralmente voltados para ajudar em questões de saúde educação e infraestrutura do Estado de origem do parlamentar. Indagado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre qual foi o critério adotado para incluir times de futebol entre os beneficiados, Rêgo respondeu: "Não é dinheiro para time de futebol. A verba vai para a Secretaria de Esportes que então a destinará para que esses clubes desenvolvam projetos sociais com crianças carentes. É um projeto educativo". Ele afirmou que sua proposta é completamente diferente de um caso hipotético de, "por exemplo, um senador de São Paulo que dá dinheiro para o Palmeiras. Não existe isso. Se fosse, seria absurdo".

Rêgo negou que esta seria uma iniciativa eleitoreira, voltada para agradar os torcedores dos dois clubes. Campinense de coração, destacou a importância de contemplar também o arquirrival. "Não poderia beneficiar só meu time, não é?" Tanto o hospital quanto os clubes ficam em Campina Grande, cidade natal, colégio eleitoral e onde o senador já foi vereador. Aliás o prefeito do município, Veneziano Vital do Rêgo, é irmão do parlamentar.

O senador, que é presidente da CPI do Cachoeira e trabalha para ajudar na investigação da conduta de parlamentares e servidores públicos suspeitos de envolvimento de corrupção, propôs ajuda também ao Hospital Napoleão Laureano, de João Pessoa, que trata doentes de câncer. O montante que sairá pela caneta do senador à unidade de saúde é de R$ 200 mil - R$ 100 mil a menos do que o destinado para cada um dos times de várzea. "Neste caso, a bancada trabalha em conjunto, são 15 pessoas, cada uma passa R$ 200 mil e no fim dá bastante." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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