Randolfe já disputou presidência do Senado contra Sarney| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O senador Randolfe Rodri­gues (PSol-AP) vai lançar seu nome na disputa à presidência do Senado em oposição à candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito ao cargo. Em manifesto que será encaminhado aos senadores, elaborado em conjunto com o se­­nador Cristovam Buarque (PDT-DF), o parlamentar do PSol afirma que os senadores vão eleger seu presidente com práticas do passado, "levando a cédula sem conhecer o nome do candidato escrito nela pelos antigos coronéis do interior".

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O texto diz que a Casa não pode "ratificar o nome" de um candidato à presidência que foi indicado "sem apresentar qualquer proposta que mude o nosso funcionamento". Renan é candidato do PMDB com o apoio do Palácio do Planalto, mas faz uma campanha de bastidores sem admitir oficialmente que está na disputa.

Único representante do PSol no Senado, Randolfe disse que já é candidato e que daria início à sua campanha ontem, procurando individualmente os colegas para defender suas propostas.

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"A ideia é ser um contra­ponto à candidatura do Re­nan. Tem que existir oposição. Mais do que nomes, temos que debater um programa para o Senado", disse à reportagem. Entre as sugestões de Randolfe e Cristovam, descritas no manifesto, está o fim da "submissão" do Congresso ao Executivo por meio das medidas provisórias.

A principal proposta de Randolfe é reunir o Senado numa espécie de "esforço concentrado" para votar temas como os vetos presidenciais, a reforma política, o Código Civil, reformas no regimento e na estrutura do Senado, mudanças na forma de tramitação das MPs, o Plano Nacional de Educação e o Fundo de Participação dos Estados.

Disputa

É a segunda vez que Ran­dolfe lança seu nome à presidência do Senado. Em 2011, recém-eleito para o cargo de senador, Randolfe disputou o cargo com o senador José Sarney (PMDB-AP). Na época, prometeu implantar uma "limpeza ética" na Casa se fosse eleito.

Na disputa com Sarney, recebeu apenas 8 votos contra 70 destinados ao peemedebista. Um senador votou nulo e dois senadores em branco.

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