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O senador Alvaro Dias (PSDB) criticou ontem, durante discurso, o procedimento adotado pela Câmara dos Deputados que apresentou uma proposta de reforma política, com os mesmos itens já aprovados pelo Senado Federal. Para o senador, bastaria que a proposta do Senado fosse aprovada para que as regras tivessem a chance de entrar em vigor na próxima disputa.

"O relatório apresentado como novo traz os principais pontos da reforma do Senado, como o financiamento público de campanha; a federação de partidos e o fim das coligações nas eleições proporcionais. O Senado já tinha aprovado tudo isso e a Câmara ignorou, retardando os procedimentos. Isso só alonga o caminho. Perdemos a oportunidade de fazer valer as regras já na próxima eleição, reduzindo o custo das campanhas e a corrupção eleitoral. Sem dúvida a corrupção na Administração Pública quase sempre começa na campanha".

Para o senador, o atual modelo político é retrógrado e está sendo condenado, sobretudo, pela população brasileira. Ele lembrou que desde a Constituinte, em 1988, se discute um novo modelo compatível com as aspirações da sociedade. "Hoje, com a indignação enfatizada através de desejos de dar surras, o povo daria uma surra no Congresso Nacional por não conferir ao país novas regras. Além de reduzir custos da campanha, a reforma política deve tratar da deturpação do quadro partidário". Alvaro Dias citou como exemplo de deturpação uma coligação entre o PL e o PT. Partidos com ideologias tão diferentes se aliam e acabam obrigando o eleitor a votar, ao mesmo tempo, em um socialista e em um liberal.

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