• Carregando...

O senador Geraldo Mesquita Júnior (AC) comunicou, no plenário do Senado, sua desfiliação do PSOL. Segundo ele, foi uma atitude "doída e solitária", tomada para não constranger o partido diante das denúncias publicadas pela imprensa. As acusações são de que ele exigiria contribuição compulsória dos funcionários do próprio gabinete, cerca de 40% dos salários, todos os meses.

- A situação do meu partido está acima de qualquer situação pessoal - afirmou.

O Conselho de Ética já recebeu um pedido de investigação contra Mesquita por causa das denúncias, a pedido da senadora e presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL). O senador, que já foi acusado de empregar parentes em seu gabinete, se ofereceu para prestar esclarecimentos ao conselho.

No plenário, o senador disse que, apesar da desfiliação, não pretende se afastar do PSOL:

- Não vou me filiar a nenhum partido. Continuarei lutando no PSOL.

A suspeita de cobrança de mensalinho surgiu a partir de conversas telefônicas entre a chefe do escritório de Geraldo Mesquita no município de Sena Madureira (AC), Maria das Dores Siqueira da Silva, e o ex-assistente parlamentar Paulo dos Santos Freire. Ele trabalhou para Mesquita e foi demitido em janeiro. Na ligação, Paulo reclama de ter entregado mensalmente ao senador R$ 410 dos R$ 1 mil de seu salário. Maria responde que ele teria de conversar com Mesquita.

O senador já admitiu que há uma "ajuda humanitária" espontânea e esporádica dos servidores para despesas que não podem ser cobertas com as verbas de representação do Senado. Mesquita contou que funcionários compram presentes para crianças e os distribuem durante festas como o Natal e visitas a comunidades pobres no interior do Acre.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]