O senador Tião Viana (PT-AC) entrou com mandado de segurança, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal tentando impedir o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa, o Nildo, na CPI dos Bingos. O petista alega que que há "ameaça clara de invasão de privacidade do ministro".
Tião Viana negou que sua atitude demonstre desrespeito à CPI e observou que a comissão parlamentar não pode "estar a serviço da destruição da família". Ele também alegou que o depoimento de Nildo não tem qualquer relação com o fato para o qual a CPI foi criada. O relator do pedido será o ministro Cezar Peluso.
- Foi uma decisão política e pessoal - justificou Tião Viana na reunião da CPI.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), rebateu o petista afirmando que Tião Viana quebrou um compromisso com a CPI ao recorrer ao Supremo.
- É uma postura injusta para cercear os trabalhos da CPI - protestou o tucano.
A CPI continua discutindo se o depoimento do caseiro deve ocorrer em sessão aberta ou fechada. O próprio Virgílio defendeu que seja fechada, lembrando que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) votou a favor da convocação de Nilso depois de o presidente da CPI, Efraim Morais (PFL-PB), assegurar-lhe que a sessão seria fechada.