Aproveitando a onda de indignação da sociedade causada pela revelação que o Senado tinha 181 diretores, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), apresenta esta semana um projeto de resolução para atacar outro foco de farra com o dinheiro público. Ele quer cortar em 50% os 3 mil cargos comissionados da Casa.
Com salários que variam de R$ 9,7 mil a R$ 12 mil, esses funcionários não passam pela triagem do concurso público. O único critério exigido é que tenham o aval do senador ou do diretor responsável pelo órgão em que vai atuar. Só na Diretoria-Geral do Senado, por exemplo, há 124 vagas paras esses cargos ditos "de confiança". Em outra frente, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) promete anunciar a extinção de mais diretorias esta semana.
Pelo menos até fevereiro, estava entre os comissionados a primeira-dama de Sergipe, Eliane Aquino, contratada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), aliado de seu marido, o governador Marcelo Déda. Também estava na lista Alejandra Bujones Kubitschek, neta mais nova do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que lá chegou em 2006 quando o terceiro-secretário era seu cunhado, o ex-senador Paulo Octávio (DEM-DF).
A liberalidade resulta na nomeação de aliados políticos que não necessariamente têm qualificação para o posto. Há também uma parcela de "fantasmas". "O que se busca é moralizar o Senado, economizar dinheiro público e aumentar a eficiência da Casa", afirma Virgílio.
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