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Em depoimento na CPI dos Bingos, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares afirmou que é dele a responsabilidade dos empréstimos feitos pelo partido, que somam mais de R$ 55 milhões, e que foi ele quem autorizou o empresário Marcos Valério a, em uma relação de confiança, a realizar os empréstimos:

- Eu tinha, por ser dirigente do PT, a credibilidade interna do partido para fazer isso, então a responsabilidade é minha - alegou.

Delúbio afirmou que a Executiva Nacional do PT delegou a ele a busca de uma solução para as dificuldades financeiras do partido e que ele optou por fazer os empréstimos. Negou todo o tempo que o ex-presidente da legenda José Genoíno tenha autorizado expressamente a operação.

O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), questionou o excesso de confiança entre Valério e Delúbio. O presidente da CPI lembrou que se passaram cinco meses (de outubro de 2002, quando se conheceram, a fevereiro de 2003, quando os empréstimos foram feitos) para que Marcos Valério "abrisse o cofre de suas empresas sem nenhum aval". O ex-dirigente insistiu no que chamou de "relação de confiança".

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