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São Paulo - A senadora Marina Silva (AC) condicionou sua candidatura à Presidência ao que seus aliados chamam de refundação ética do partido e admitiu a possibilidade de confronto com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) numa eventual disputa eleitoral.

Marina reconheceu divergências com Dilma em matéria am­­bi­ental e rechaçou a ideia de trégua eleitoral. "Não disse que não haveria um embate’’, reagiu ela, ao responder especificamente sobre o PT. "As diferenças serão explicitadas no processo. Obviamente já tem uma mais do que explícita, que é a questão da visão de mundo em relação à crise ambiental’’, reagiu.

A senadora listou ressalvas ao governo Lula, como a concessão de incentivos à indústria automobilística e a frigoríficos na Amazônia sem a exigência de contrapartida. A senadora lançou críticas sutis ao presidente Lula. Ainda que jogue a decisão de concorrer para o ano que vem, ela pregou a renovação política. E justificou: "É algo que nos chama a fazer esse revezamento, de que ninguém deve querer ser líder de tudo e querer ser líder do resto. Isso não dá certo. E no Brasil isso está destruindo a política... um pouco’’, disse.

Citando uma formiga que impede o crescimento de plantas ao redor de suas colônias – a taxi –, Marina condenou a política dos que sufocam novas lideranças. Mais tarde, ao ser questionada se era uma referência a Lula, a senadora disse que se aplicava também a ela. A ex-petista defendeu ainda um aperfeiçoamento do programa de transferência de renda, como o Bolsa Família. ’

Refundação

Marina afirmou que o lançamento de sua candidatura dependerá da revisão programática e a reestruturação do PV. "Não venho mais com a ilusão dos partidos perfeitos que acalentei durante a juventude. Mas venho com a certeza de que ho­­mens e mulheres de bem podem aper­­­­­­­­feiçoar as instituições’’, discursou ela, acolhida pelos verdes históricos.

Enquanto Marina evitava assumir a candidatura, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, já apostava numa aliança capaz de garantir cerca de cinco minutos de propaganda na TV. Segundo o deputado Fernando Gabeira (PV), o partido já negocia com pequenas siglas, mas a divulgação de seus nomes não está autorizada.

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