O senador Pedro Simon (PMDB-RS) inaugurou na tarde desta segunda-feira (15) uma série de discursos em apoio às ações da presidente Dilma Rousseff no combate à corrupção. Simon, Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia (PP-RS) encabeçam uma frente pluripartidária de senadores que decidiu defender, publicamente, as iniciativas de Dilma contra a corrupção.
"Não é alinhamento automático, é apoio a ações de governo", definiu Ana Amélia. No final de seu pronunciamento, ela pediu à presidente que "não ceda a pressões de grupos determinados e prossiga em sua decisões. Ela tem o tem o direito e dever de intervir em ministérios quando e sempre que considerar necessário", concluiu. Tanto Ana Amélia, quanto Simon e Cristovam assinaram requerimentos de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) contra o governo Dilma. No caso, pedindo a investigação da evolução patrimonial do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci.
No entanto, esse grupo passou a defender a criação de uma frente suprapartidária em apoio a Dilma depois que partidos da base aliada ao governo ameaçaram retaliar a presidente devido à "faxina" contra a corrupção que ela deflagrou, começando pelo Ministério dos Transportes e, depois, atingindo o Ministério da Agricultura. Neste caso, entretanto, Dilma dá sinais de que preservará o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, do PMDB. Por esse motivo, o PR acusa a presidente de "tratamento diferenciado", já que não poupou o ex-ministro da Agricultura Alfredo Nascimento, que havia sido indicado pelo PR para o cargo.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) - que também assinou CPIs contra o governo - destacou que Dilma não precisa de uma base em defesa do governo, "mas em defesa do Brasil". E acrescentou: "quantas vezes a presidente tomar a iniciativa de apoiar a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e a sua Polícia Federal, de apoiar todos os mecanismos de combate à corrupção, terá de nós integral apoio".
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não estava presente à sessão e nem o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), um dos principais aliados do governo. Só o líder do PT, Humberto Costa (PE), estava no plenário da Casa.
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