O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin foi uma rara unanimidade entre os senadores paranaenses. Na sessão que decidiu pela aprovação de seu nome para compor a mais alta corte do país, todos os três paranaenses estiveram presentes e votaram do mesmo modo. Situação rara na bancada paranaense.
Em quatro outras votações que ocorreram durante 2015 selecionadas pela reportagem sobre assuntos importantes, houve desacordo entre os representantes do estado e ausências em plenário.
Um caso em que as divergências entre os senadores paranaenses ficaram explícitas foi o julgamento da prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Detido por atrapalhar as investigações da Lava Jato, Delcídio tinha o direito de ter a prisão analisada pelos senadores. Houve duas votações, e nas duas houve divergências entre os paranaenses.
Roberto Requião (PMDB) votou contra a possibilidade de a decisão ser feita por voto secreto. E, mais tarde, na votação (que realmente acabou sendo aberta), foi a favor da manutenção da prisão de Delcídio. A petista Gleisi Hoffman, correligionária de Delcídio, foi a favor do voto secreto e, depois, votou contra a prisão. Segundo ela, o regimento determinava voto secreto e a tramitação legal para a prisão não havia sido seguida.
O senador Alvaro Dias (PV) não esteve presente às votações, no dia 25 de novembro. Alvaro havia tido um problema de saúde: sofreu um corte nas costas em um acidente em um hotel e precisou se ausentar por ordens médicas. No entanto. Alvaro votaria junto com a oposição, pela manutenção da prisão de Delcídio.
O oposicionista Alvaro também provavelmente seria voto divergente em um caso em que Requião e Gleisi concordaram, o fim do financiamento eleitoral de campanhas. Em outra votação polêmica, que previa restrições para acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial – parte do ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma Rousseff – Requião e Gleisi discordaram: ela foi a favor e ele, contra.
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