O "grupo de apoio à faxina" no Ministério dos Transportes, arregimentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ganhou mais um reforço. O grupo conta agora com a adesão de parlamentares que haviam assinado também o requerimento de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias de irregularidades na pasta, que é comandada pelo PR. Cristovam comunicou nesta sexta-feira (29) a presidente Dilma Rousseff sobre a formação do grupo, durante almoço no Itamaraty para a presidente argentina Cristina Kirchner.
Segundo o pedetista, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Ana Amélia (PP-RS) decidiram unir-se ao grupo que defenderá no Congresso a iniciativa de Dilma de exonerar servidores suspeitos de envolvimento em esquemas de corrupção na pasta dos Transportes. No entanto, nenhum deles adiantou se pretende retirar as assinaturas do requerimento de CPI.
Para Cristovam, a formação do grupo se justifica como uma resposta a parlamentares do PR que ameaçam retaliar Dilma deixando a base de apoio ao governo. O pedetista, que assinou o requerimento para instaurar uma CPI para investigar o ex-ministro Antonio Palocci, adiantou que não fará o mesmo no caso dos Transportes. "Eu não posso apoiar uma CPI contra uma presidente que demitiu 20 suspeitos e promove uma faxina moral no governo", afirmou.
Cristovam espera que a bancada de "apoio à faxina", que já reúne 15 senadores, seja recebida por Dilma no Planalto. A ideia é apelar à presidente para que não interrompa o processo de moralização da administração pública e que o amplie a outros órgãos, se necessário. Cristovam ainda não agregou nenhum senador da oposição, nem da bancada do PR - principal sigla atingida pelas demissões na área de Transportes.
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