O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subiu à tribuna na tarde desta quinta-feira para acusar a Polícia Federal de agir politicamente e favorecer petistas e pessoas ligadas ao governo em suas operações, inclusive na Navalha, que desbaratou um esquema de fraudes em licitações. Segundo ele, a PF vem cometendo abusos sistemáticos, que não podem ser ignorados pelo Congresso, e recebeu o apoio de vários colegas, inclusive da base aliada.
Jarbas Vasconcelos, que faz oposição ao governo mesmo estando num dos maiores partidos da base, acusou o ministro da Justiça, Tarso Genro, de permitir vazamentos das investigações pela PF para prejudicar adversários. Ele lembrou que Tarso já foi presidente do PT e disse que Delúbio Soares e Waldomiro Diniz, por exemplo, teriam tido tratamento diferenciado da PF.
- O Congresso não pode ficar assistindo a tudo isso calado - protestou Jarbas.
Um dos primeiros a apoiá-lo foi Heráclito Fortes (DEM-PI), para quem Tarso não tem condições de comandar um ministério como o da Justiça. O senador Magno Malta (PR-ES), acusado de receber um carro dos donos da Planam, empresa acusada de comandar o esquema dos sanguessugas, também criticou a atuação da PF. Segundo ele, não se pode permitir que pessoas públicas sejam acusadas sem provas e consideradas criminosas de forma leviana.
Jarbas também manifestou apoio ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria sido envolvido no escândalo por meio de vazamentos que sugeriam que ele poderia ter sido agraciado com presentes da construtora Gautama. O suposto vazamento teria sido uma represália à atuação do ministro, que concedeu habeas corpus a presos na Operação Navalha. Jarbas disse que não se pode permitir que o país caminhe para o "Estado policial", termo usado pelo próprio Gilmar Mendes em reação ao envolvimento de seu nome no episódio. Em outro aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que não se pode permitir atitides "fascistas" da PF.
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