Senadores de vários partidos protestaram nesta quinta-feira contra a regra regimental que prevê, além do voto secreto, que a sessão de votação do pedido de cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também seja secreta. Da sessão não poderão participar nem mesmo assessores, técnicos ou garçons que servem o plenário do Senado. O regimento do Senado fala em sessão secreta, mas o entendimento de alguns é de que apenas o voto tem de ser secreto, no painel eletrônico.
- É uma posição pré-histórica essa do regimento do Senado. Em tese, o voto secreto é até defensável, mas a sessão sigilosa é uma anomalia regimental - criticou o relator do processo, senador Renato Casagrande (PSB-ES).
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse que iria discutir a possibilidade de apresentação de um requerimento para que a sessão fosse aberta, preservando o voto secreto em painel eletrônico.
- Habemus Papa? Tudo secreto? Só falta sair fumacinha branca do plenário - criticou Delcídio.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) também critica a regra, mas concorda que é regimental.
- O problema é que não dá para mudar o regimento até quarta-feira. Aliás, esse regimento do Senado é uma porcaria.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião