Por espantoso que pareça, contou na decisão dos deputados petistas de não renunciar a confiança em que José Dirceu (PT-SP) possa ser "absolvido" no Supremo Tribunal Federal. Cálculos do grupo do ex-ministro são que ele já tem cinco votos favoráveis entre os 11 ministros. Última que morre Até o julgamento do mérito da ação em que Dirceu pede a anulação do processo contra ele, previsto para amanhã, o deputado e seus advogados esperam obter mais dois votos no tribunal. "Se o Dirceu ganhar no Supremo, quem sabe o que acontecerá aqui?", diz um petista. Você primeiro 1 Outro fator que reduziu a lista de renúncias foi o controle recíproco que PT e PP fizeram ao longo do dia. No meio da tarde, o líder do PP, José Janene (PR), soube que não passariam de três as deserções petistas. Decidiu-se que ele, Pedro Henry e Pedro Corrêa permaneceriam. Você primeiro 2 No bunker petista, a notícia de que não haveria defecções no PP fez com que recuassem da idéia de renunciar Josias Gomes (BA) e o José Mentor (SP). Motivo: recairia sobre o PT a pecha de partido mais comprometido pelo mensalão da Casa. Santo de casa No caso de Mentor, pesou ainda na decisão de conservar o mandato a pressão familiar. Seu irmão, o deputado estadual Antônio Mentor (PT-SP), baixou em Brasília para impedi-lo. Pressão total O Planalto tentou até os 48min do segundo tempo empurrar todos "cassáveis" para a renúncia.
Coquetel molotov A festança pelos 50 anos de Delúbio Soares no final de semana em Goiás deixou parte da oposição alvoroçada. Tucanos e pefelistas acham que o ex-tesoureiro do PT jogou gasolina na fraca fogueira das CPIs.
Mãozinha 1 A pedido do ministro Antônio Palocci, o prefeito paulistano, José Serra (PSDB), participou na semana passada de "conference call" com representantes de agências de avaliação de risco, que pouco depois anunciaram melhora no "rating" do Brasil. Mãozinha 2 Na conversa, Serra disse que a situação do Brasil é melhor que a de países mais bem avaliados pelas agências, que o quadro fiscal está sob controle e que juros e câmbio precisam ser pouco a pouco corrigidos. Respondeu que Lula será competitivo em 2006. Perguntado, silenciou sobre sua possível candidatura. Sangria estancada Pela primeira vez desde o início da propaganda de televisão e rádio, pesquisa interna indica que parou de cair o apoio ao "sim" no referendo sobre armas do próximo domingo. O tracking da campanha pró-restrição registra oscilação positiva dentro da margem de erro. PPP paulista O tucano Geraldo Alckmin faz amanhã sua primeira audiência de Parceria Público-Privada. O governador espera captar R$ 890 mi em investimentos privados para a Linha 4 do Metrô. Tesoura e cola Prefeituras do interior de São Paulo reclamam de falhas no sistema de busca da nova versão eletrônica do "Diário Oficial", que as estaria levando a perder prazos oficiais, editais e outras informações relevantes. Para não falar do preço: o estado cobra R$ 12 a hora dos assinantes. Rebanho de votos O PTB continua a pescar no tanque evangélico. Recém-filiado ao partido pelas mãos de Campos Machado (SP), o bispo Manoel Ferreira, que em 2002 teve dois milhões de votos para o Senado pelo Rio de Janeiro, será candidato a deputado federal.
TIROTEIO
* Do senador Pedro Simon (PMDB-PR) sobre Lula, que durante visita à Itália disse ter voltado a "dormir tranqüilo" depois da eleição de Aldo Rebelo para presidir a Câmara:
Pelo menos dessa vez o presidente não pode alegar que de nada sabia, já que liberou R$ 1 bi em emendas para garantir o apoio dos "mensaleiros".
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