A Justiça concedeu às 18h desta quinta-feira (28), a liberdade provisória ao camelô André Luis Ribeiro da Silva, de 35 anos. A decisão foi da juíza Rosana Navega, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Especial Criminal de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, que interrogou novamente o acusado. A seu favor, André contou com o depoimento de testemunhas e passageiros, tocados pelo drama familiar. O depoimento das testemunhas ajudou na sua libertação.

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Os passageiros disseram que ele era uma pessoa que passava por forte situação emocional.

Primeiro depoimento

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O Ministério Público denunciou o camelô por seqüestro. Porém, em depoimento prestado à Justiça no dia 19 de dezembro, passageiros disseram que, ao perceberem que a ação não se tratava de assalto, decidiram permanecer no veículo por temerem que a situação terminasse em tragédia, com a morte do casal.

Segundo o passageiro Luiz Carlos de Andrade, ele só avistou André quando já estava passando pela roleta, não tendo presenciado como tudo começou. Comentou, porém, que os passageiros do ônibus dialogavam com ele, a fim de acalmá-lo, e que entenderam depois de algum tempo que não era um criminoso, mas sim, uma pessoa que passava por uma situação passional. Comentou ter presenciado cenas de carinho entre o casal e quando o acusado imputou à ex-mulher a culpa de todo o seu drama de vida.

Outro que também teve pena da situação foi Doady Abraão Santos Alves, que se ofereceu para dirigir o coletivo, quando o veículo ficou sem motorista. Ele disse que sentiu o clima passional desde o inicio dos fatos e que não tinha medo de André, e sim, da situação, devido ao ocorrido com o ônibus 174, com morte da vítima. Falou que o camelô declarava não querer fazer mal a ninguém e que também não negava a saída dos passageiros. Mas, que ameaçou se matar e também matar Cristina, colocando a arma na cabeça.

André estava preso desde o dia 11 de novembro. Ele seqüestrou um ônibus da linha 499 (Cabuçu-Central) e fez a ex-mulher, Cristina Ribeiro, de 36 anos, e 55 passageiros reféns durante mais de nove horas. O incidente ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Com o ônibus cercado pela polícia militar, André soltou parte dos reféns, mas manteve Cristina sob ameaça de uma arma até se render.

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