O detento Edson Félix dos Santos, que cumpre pena de 11 anos por assalto e recebeu a autorização da Justiça para deixar a cadeia nas festas de fim de ano, mantém a ex-mulher refém há mais de 24 horas em Osasco, na Grande São Paulo. Inconformado com a separação e com denúncias feitas à polícia, Edinho - de 34 anos - entrou armado na casa da ex-mulher, no meio da tarde desta terça-feira, para se vingar. Ela teria denunciado o ex-marido por roubo.
Por volta das 7h, uma equipe de paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entrou na residência, mas ainda não há informação sobre feridos. Nesta manhã, o seqüestrador liberou os vizinhos da ex-mulher , que estavam numa casa dos fundos.
A polícia está no local e retomou - através do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) - as negociações com o preso no começo desta manhã. Durante a madrugada, a pedido de Edson, as conversas foram suspensas. Toda a região da Rua Marechal Edgar de Oliveira, uma travessa da Avenida dos Autonomistas, está bloqueada pela polícia. Doze viaturas policiais e duas outras ambulâncias estão no local.
O impasse teve início por volta das 15h30, quando o criminoso chegou armado ao local. Após render a ex-mulher, Carla Joelma Alencar Viana, de 33 anos, o presidiário teria liberado duas pessoas que estavam na residência. A polícia não soube informar quem eram essas pessoas.
Um homem que se identificou como amigo de Carla, contou que o detento teria vivido com a vítima, que é frentista de posto de combustível, por 6 ou 7 anos, e, há um ano, teria sido preso por roubo a banco. Uma jovem que estava no local, afirmando ser prima da refém, disse que o detento chegou a declarar que só sairia morto da residência.
Às 17h30, um irmão do presidiário chegou à rua para ajudar a polícia nas negociações. O impasse reuniu dezenas de moradores do bairro no entorno da residência. Por volta das 17h, um adolescente, morador do bairro, detonou duas bombinhas - do tipo usado em festas juninas - próximo ao local. Isso, de acordo com policiais do Gate, deixou o detento nervoso, pois ele teria pensado que o barulho seria de tiros disparados pela Polícia Militar.