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O ex-procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, volta à esfera governamental seis meses depois de deixar o cargo de chefe da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Ontem, o governador Roberto Requião (PMDB) nomeou Botto para ser o novo presidente do Conselho de Administração da Paranaprevidência.

O convite para o cargo partiu do próprio Requião e teve como articulador o diretor-jurídico da Paranaprevidência, Francisco Alpendre, que tem se notabilizado na busca de irregularidades nas aposentadorias de servidores. Botto disse que ainda vai "tomar pé da situação" e verificar o que precisa ser feito. Mas uma de suas funções, no entanto, será a verificação das aposentadorias.

Botto, juntamente com Alpendre, vai analisar e revisar as aposentadorias dos membros do Ministério Público Estadual (MP), como tem pedido Requião. Os próximos alvos das revisões de benefícios da Paranaprevidência devem ser os aposentados do Executivo e do Judiciário.

De acordo com o ex-procurador-geral do Estado, que é procurador concursado e está licenciado, ele não vê esse convite feito por Requião como um retorno ao governo. "Estarei exercendo funções administrativas. E também nunca me afastei do governador", disse Botto, que também preside o Conselho de Administração da Elejor (Centrais Elétricas do Rio Jordão) e é membro do Conselho de Administração da Copel.

Botto pediu demissão do cargo de procurador-geral em março. Ele alegou motivos pessoais para deixar a função. O processo de saída dele do governo foi conturbado. Houve especulações de que ele estaria tendo divergências com os secretários estaduais da Segurança, Luiz Fernando Delazari, e da Ouvidoria e Corregedoria, Luiz Carlos Delazari, respectivamente filho e pai. Essa versão jamais foi negada por Botto. Questionado sobre o que acharia de voltar a ter contato com os os Delazari, Botto afirmou que não vê necessidade de que isso venha ocorrer. "Estar nessa função não significa que vou me relacionar com essa gente."

O novo presidente do Conselho de Administração da Paranaprevidência disse ainda não crer que haverá qualquer tipo de ingerência em seu trabalho por quem quer que seja.

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