O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) já está no Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo Complexo Penitenciário de Bangu. Ele chegou ao local pouco antes das 17h, após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). Na chegada ao complexo prisional, que fica na zona norte do Rio, um grupo de bombeiros militares usando toucas de Papai Noel estourou fogos e brindou com espumante. Neste sábado completa um mês que Sergio Cabral foi preso.
Cabral estava detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde o final de semana passado, mas teve seu retorno ao Rio determinado pela Justiça na última sexta-feira (16). O político deixou a prisão na capital paranaense por volta das 10h deste sábado (17).
Preso no Rio de Janeiro desde o dia 17 de novembro durante a Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato, o ex-governador havia sido transferido para Curitiba na semana passada por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que considerara que Cabral vinha recebendo visitas irregulares no Complexo de Gericinó.
O retorno do peemedebista ao Rio foi determinado pelo desembargador Abel Gomes, relator da Calicute, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O magistrado concedeu liminar a pedido dos advogados de Cabral. O ex-governador deixou Curitiba no fim da manhã deste sábado e desembarcou no Aeroporto do Galeão no início da tarde, em avião da Polícia Federal.
Na decisão, Gomes assinalou que a transferência para o Rio se dava “por razões humanitárias e visando à utilização de meios que possibilitem a reconstrução pessoal do preso”. Ele também destacou que “é imperioso que o custodiado fique próximo ao seu domicílio e meio familiar, à exceção dos casos em que seja concretamente verificada a necessidade da transferência por interesse da segurança pública ou do custodiado”.
Na sexta-feira, Sergio Cabral também se tornou réu na Operação Lava Jato por suspeita de corrupção nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, acatou denúncia contra o ex-governador, a ex-primeira dama Adriana Ancelmo e outras cinco pessoas. A decisão, contudo, não teve influência sobre a liminar concedida por Abel Gomes.
“Nem mesmo o fato de o paciente [Sergio Cabral] estar respondendo a processo penal também na Justiça Federal do Paraná seria motivo para que ele lá permaneça, pois também está respondendo a processo aqui na Justiça Federal do Rio de Janeiro, e esta é a cidade de seu domicílio e de sua família, a qual, nos termos da legislação, prevalece para sua custódia”, escreveu o magistrado.
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