O juiz federal Sergio Moro, que cuida da Operação Lava Jato , determinou nesta sexta-feira (5) a soltura da publicitária Nelci Warken e do empresário Ademir Auada, presos na última fase da operação, na semana passada, batizada de “Triplo X”.
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Ambos haviam sido presos temporariamente, mas o próprio Ministério Público Federal informou que eles estão colaborando com as investigações e, por isso, ficava desnecessária a manutenção da prisão, mesmo tendo Auada sido flagrado destruindo provas.
A força-tarefa da Lava Jato apura se Warken usou a estrutura de uma empresa sediada no Panamá para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e da cunhada dele, Marice Correa de Lima.
Já Auada figura como procurador da offshore Murray Holdings, que aparece como proprietária de um apartamento no edifício Solaris, o mesmo em que o ex-presidente Lula teria um triplex no Guarujá (SP).
Eles, porém, ficam proibidos de deixarem o Brasil ou mudar de endereço sem autorização judicial, além de obrigados a comparecer a todos atos do processo. Também foi determinado que entreguem seus passaportes à Polícia Federal.
“Apesar do contexto de falsificação, ocultação e destruição de provas, (...) na qual um dos investigados foi surpreendido, em cognição sumária, destruindo quantidade significativa de provas, a aparente mudança de comportamento dos investigados não autoriza juízo de que a investigação e a instrução remanescem em risco”, escreveu Moro ao justificar a soltura.
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