O juiz Sergio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, enviou para o processo de cassação do mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os depoimentos do marqueteiro João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e o lobista Zwi Skornicki.
Moro enviou o material a pedido do próprio TSE, em formato digital. Os depoimentos foram dados em audiência na 13.ª Vara Federal e gravados em vídeo.
Neles, Santana, Mônica Moura e Skornicki apontam recebimentos via caixa dois, no exterior, da campanha de Dilma em 2010. Os pagamentos teriam sido operacionalizados por Skornicki, lobista que atuava na Petrobras, em contas do casal no exterior.
João Santana e Mônica dizem ter recebido dinheiro de caixa 2 da campanha de Dilma
Leia a matéria completaOs fatos relatados nesses depoimentos a Moro, porém, não abrangem diretamente o período do processo de cassação, porque este é referente à campanha de 2014.
O TSE também pediu a Moro informações dessas contas no exterior, mas o juiz não autorizou o compartilhamento sob o argumento de que são provenientes de pedidos de cooperação internacional para fins penais, havendo dúvidas se poderiam ser compartilhados por ele para uso do TSE.
O compartilhamento de provas de Curitiba faz parte da fase de produção de provas nas ações que pedem a cassação de Dilma e do vice, o atual presidente interino, Michel Temer (PMDB).
Nesta fase, serão ouvidos delatores da Lava Jato, solicitados compartilhamento de provas sobre o esquema de corrupção da Petrobras ao juiz Sergio Moro e ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de feitas perícias solicitadas pelo PSDB em empresas que prestaram serviços para a campanha presidencial vitoriosa, mas que estão sob suspeita de irregularidades.
A campanha de Dilma tem negado irregularidades, afirmando que todas as doações foram registradas. Após o depoimento de João Santana, Dilma já afirmou não ter autorizado caixa dois em suas campanhas.
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