Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas nessa terça-feira (23) na Justiça Federal nas ações penais contra os ex-deputados federais Luiz Argôlo (SDD) e Pedro Corrêa (PP). O juiz federal Sérgio Moro ouviu o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ex-contadora de Youssef, Meire Pozza, Ediel Viana e Carlos Alberto Pereira da Costa.
As ações penais tratam do suposto envolvimento dos ex-parlamentares no esquema de corrupção da Petrobras. Na saída da audiência, os advogados dos ex-deputados afirmaram que os testemunhos foram produtivos para as defesas.
“O Paulo Roberto Costa afirmou que ele nunca viu o Pedro Corrêa receber dinheiro, que ele não tinha conhecimento nenhum das porcentagens, etc”, disse Alexandre Loper, advogado de Pedro Corrêa (PP).
“A situação do Argôlo é absolutamente diferente de qualquer réu em qualquer processo da Lava Jato”, disse o advogado Sidney Peixoto, que defende o ex-parlamentar. “Em 2013 ele sai do PP, passa para o SDD, partido de oposição. Como ele estaria recebendo propina proveniente da Petrobras em um partido da oposição?”, questiona.
De acordo com Peixoto, a relação entre Argôlo e o doleiro Alberto Youssef era pessoal e não envolvia pagamento de propina. “Ele [Luiz Argôlo] se elegeu deputado estadual, se elegeu deputado federal e não tinha ligação nenhuma com a cúpula do PP”, afirmou.
João Mestieri, advogado de Paulo Roberto Costa, disse que o ex-diretor confirmou novamente a disponibilização de verbas para o Partido Progressista (PP) na época em que ocupava a diretoria de Abastecimento da Petrobras, conforme delatou em colaboração com a Justiça. “Foi um reprise de tudo que já foi dito, absolutamente nada de novo foi acrescentado”, disse.
Para o advogado de Youssef, Trazy Reinaldet, a audiência transcorreu sem novidades. “Efetivamente o Paulo Roberto Costa é uma pessoa que estava na diretoria da Petrobras por causa do Partido Progressista, mas quem operacionalizava a distribuição do dinheiro no seio do partido era o Alberto Youssef”, disse.
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