São Paulo - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse ontem que deixará o governo na próxima quarta-feira, 31 de março. "Isso já estava anunciado, afirmou em evento no Palácio dos Bandeirantes. Na sexta-feira passada, Serra admitiu que é candidato à Presidência, mas não falou em datas. Durante a semana, partidos aliados do governador PSDB, DEM e PPS anunciaram a festa de lançamento da pré-candidatura para o dia 10 de abril. Com a saída de Serra, quem vai assumir o governo paulista é o vice-governador Alberto Goldman (PSDB). O prazo de desincompatibilização para quem vai disputar as eleições em outubro termina no dia 2 de abril, que cai na Sexta-Feira Santa. O dia 1.º de abril é evitado pelos políticos por ser conhecido como o Dia da Mentira.
A confirmação do desligamento aconteceu horas antes de um violento confronto entre professores da rede estadual de ensino em greve e a Tropa de Choque da Polícia Militar, nas imediações do Palácio dos Bandeirantes. Pelo menos cinco pessoas foram feridas por balas de borracha. A essa altura, porém, o governador já havia deixado a sede do executivo e cumpria agenda no interior do estado.
Serra não será o único a sair do governo na próxima quarta. A ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata à Presidência, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pré-candidato ao Senado ou provável vice da chapa tucana, já anunciaram que deixarão seus cargos nesse dia.
Propaganda é suspensa
O corregedor regional eleitoral de São Paulo, desembargador Alceu Penteado Navarro, suspendeu a veiculação da propaganda partidária do PSDB exibida na tevê. A decisão foi dada em liminar solicitada pelo PT.
A propaganda mostrava o governador de São Paulo, José Serra, falando da criação do seguro-desemprego e sobre a expansão do metrô. "Eu batalhei, nós conseguimos. O seguro-desemprego é hoje um benefício para você, e também parecia impossível que a gente fosse fazer a maior estação [quando correto é expansão] de metrô do Brasil, pois nós estamos fazendo e gerando emprego para os trabalhadores. É isso, planejamento, experiência de vida e o Brasil no coração", disse Serra na propaganda. A representação do PT ainda será analisada pelo plenário do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
No dia 15 deste mês, o mesmo desembargador suspendeu as inserções do PT em que o presidente Lula enaltecia a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do partido à Presidência da República.
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