O governador de São Paulo, José Serra, disse nesta terça-feira que é o Judiciário, e não o Executivo, que deve resolver a questão, levantada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, dos crimes de tortura na época do regime militar. Referindo-se à Lei da Anistia, ele observou que a legislação existe e deve ser interpretada pela Justiça.

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"Acho que não é o momento adequado para esse debate", declarou, durante solenidade para propostas de indenização à União Nacional dos Estudantes (UNE) pela destruição da sede da entidade, ocorrida inicialmente por um incêndio em 1964, quando Serra presidia a UNE, e depois por demolição em 1980.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assinará a mensagem ao Congresso Nacional com a proposta de indenização chamou Serra para tirar foto com ele, com a atual presidente da UNE, Lucia Stumpf, e o presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) Ismael Cardoso. Eles posaram para foto junto à maquete do projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para a nova sede da UNE e também à frente do ônibus da "Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura", que irá a 41 universidades em todos os Estados do Brasil para discutir esses assuntos, com apoio do Ministério da Saúde.

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Também participam do evento os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci e da Saúde, José Gomes Temporão, além do governador do Rio, Sérgio Cabral, e de ex-presidentes da UNE, como Aldo Rebelo e Aldo Arantes.