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O ex-governador José Serra desembarcou nesta madrugada em Brasília para participar da convenção que elegerá o senador Aécio Neves (PSDB-MG) presidente do PSDB. Notívago, Serra preferiu dispensar o avião fretado pelo partido para levar o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nesta manhã.

Como a decolagem do voo estava prevista para as 9h30 de hoje, Serra optou por chegar antes. O ex-governador será um dos oradores da convenção, programada para receber 1.500 pessoas.

Em meio a dúvidas sobre a permanência de Serra no partido, sua presença no evento é encarada como sinal de que ele pretende ficar. Nas duas vezes em que disputou a Presidência, em 2002 e 2010, Serra se mostrou insatisfeito com o apoio recebido de Aécio.

Na tentativa de superar essa divergência e pavimentar apoio em São Paulo, Aécio contemplou o PSDB paulista com a metade dos cargos da Executiva Nacional.

Quatro deles, a propósito, serão ocupados por serristas: Alberto Goldman, Andrea Matarazzo, Aloysio Nunes e Mendes Thame.

Aécio Neves

Durante a convenção que o aclamará hoje presidente da sigla, Aécio sobe o último degrau antes de oficializar sua candidatura ao Palácio do Planalto com o desafio de resgatar um partido há dez anos fora do poder federal. Um dos trechos do discurso, o primeiro como dirigente, mostra a ofensiva contra Dilma Rousseff.

"País que não sabe escolher suas prioridades, como ocorre no Brasil hoje, termina por se transformar em um cemitério de obras inacabadas. É como nos versos de Caetano Veloso. 'Aqui tudo parece ainda em construção e já é ruína'."

Para o público interno, ele dirá que seu trabalho é focar em um "novo ciclo". Apesar das divisões no PSDB vistas nos últimos meses, emanadas sobretudo do grupo ligado a Serra, afirmará que o PSDB tem, sim, unidade, e precisa olhar para frente.

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