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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), contrapôs-se nesta quarta-feira (31) às críticas da oposição que aponta pouca preocupação com o social de governantes do PSDB e classificou sua administração como "popular". "Os governos, como as pessoas, têm de ter alma. Nossa alma é a vontade de melhorar a vida das pessoas que estão desamparadas", disse em seu discurso de despedida, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. "Os governos têm de ter sensibilidade para agir e compensar as desigualdades. O nosso governo é um governo popular."

Para Serra, sua gestão deu "oportunidade aos mais pobres", com programas assistenciais e com a transferência de renda por meio da melhoria de serviços de saúde, educação e transportes. O tucano destacou ainda a geração de 1 milhão de empregos em sua administração.

O presidenciável reforçou a imagem de popular ao contar sobre sua visita ontem ao Rodoanel Mário Covas, quando encontrou trabalhadores da obra. "A emoção me dominou quando um operário me mostrou, orgulhoso, onde estava o nome dele em um monumento que eu mandei construir", disse. "Pensei comigo: valeu a pena."

Serra agradeceu também pelo trabalho dos "funcionários públicos de verdade", que o ajudaram a governar. "Servidor não trabalha direito se o exemplo não vem de cima. Nós demos o exemplo", afirmou. Para o governador, os servidores estão sendo mais bem remunerados, de acordo com seu mérito.

Serra entrega sua carta de renúncia à Assembleia Legislativa na sexta-feira. O vice-governador, Alberto Goldman, assume interinamente o Estado. No dia 6 de abril, Goldman toma posse do cargo de governador, em duas solenidades, na Assembleia e na sede do governo.

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