São Paulo - Apesar das críticas do ex-presidente FHC à suposta campanha antecipada da ministra Dilma Rousseff (PT), um dos pré-candidatos tucanos à sucessão presidencial, o governador José Serra (PSDB), decidiu "imitar" o provável principal mote eleitoral da petista: o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. Serra anuncia hoje um pacote de medidas para estimular a economia paulista, desonerar investimentos e preservar empregos, uma espécia de PAC paulista.
Na prática, o pacote segue a linha que o presidente Lula vem adotando no âmbito federal, reafirmando o papel do Estado como agente indutor dos investimentos e do crescimento econômico, sobretudo num momento de acirramento da crise financeira global.
A ideia do governador paulista é antecipar para o primeiro semestre deste ano o maior volume possível de desembolso dos recursos orçamentários, de R$ 20,6 bilhões previstos em investimentos para 2009, e transformar esse potencial em empregos. O primeiro semestre é o período apontado por analistas como o mais crítico da crise financeira.
O "PAC de Serra" está sendo apontado nos bastidores como mais um avanço do governador paulista no tabuleiro da disputa interna que vem sendo travada no PSDB para a escolha do candidato que irá representar a legenda na campanha presidencial de 2010. Um tucano ligado ao governador paulista resumiu o impacto que essa ação deverá ter nessa disputa: "Enquanto Aécio (Neves, governador de Minas Gerais) se preocupa com as prévias para a escolha do candidato, Serra está preocupado com questões maiores e de impacto para todo o país."
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