O governador de São Paulo e presidenciável, José Serra, entrou no mar com tênis, calça jeans e camiseta, durante o lançamento do projeto Praia Acessível no litoral paulista, ontem. O programa vai oferecer cadeiras de rodas adaptadas para que deficientes físicos possam tomar banho de mar. Serra evitou falar de política durante o evento. Mas, no melhor estilo pré-eleitoral, aproveitou a praia lotada para acompanhar os cerca de 20 deficientes que estrearam as cadeiras até o mar. Não havia qualquer assessor com uma toalha e o governador retornou ao carro oficial encharcado. Serra iria encerrar a sua maratona de carnaval no Rio de Janeiro, mas acabou desistindo de acompanhar o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. O tucano montou um roteiro carnavalesco semelhante ao da ministra da Casa Civil e também pré-candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT). Ambos estiveram no domingo à tarde em Salvador e no sábado pela manhã em Recife, no bloco Galo da Madrugada.
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... e Dilma também (foto 2)
Por falar em Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil finalizou a sua maratona carnavalesca pré-eleitoral na madrugada de domingo para segunda-feira, no desfile das escolas do Rio de Janeiro. No camarote do governador Sérgio Cabral (PMDB), a ministra dividiu as atenções com uma concorrente imbatível: a cantora Madonna, que acompanhou o carnaval no camarote com os filhos e o namorado Jesus Luz. Numa descontração pré-eleitoral, Dilma desceu até a avenida, provou o "cravo do Candonga" bebida conhecida como "viagra natural" com aguardente e várias especiarias misturadas e dançou com um gari. "Hoje eu me energizei", comentou, ao se despedir de Sérgio Cabral e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB).
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Sem vaias
Mesmo trazendo um enredo sobre Brasília em um momento em que a cidade é foco de um grande escândalo político, a escola de samba Beija-Flor passou sem vaias pela Sapucaí na madrugada de domingo para segunda-feira. Uma das preocupações era que a repercussão do caso fizesse a platéia receber mal a homenagem da escola de Nilópolis à capital federal. O governo do DF foi um dos patrocinadores da Beija-Flor estima-se que tenha repassado R$ 3 milhões para escola de samba.
Conversa
Sem apoio do DEM e sob pressão para que abandone o partido antes de ser submetido a um processo de expulsão, o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, vai ser recebido amanhã pelo presidente Lula. Paulo Octávio quer conversar com o presidente sobre a "turbulência política" no DF, a possibilidade de intervenção e "obter apoio para garantir a governabilidade".
Municípios
O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR) usou a tribuna da Câmara na última semana para alertar sobre a situação financeira dos municípios. Segundo Fruet, as cidades sofrem com corte de arrecadação, ao mesmo tempo em que têm cada vez mais obrigações, como o pagamento do piso nacional do magistério. A queda dos repasses federais e os muitos encargos que ficam sob a responsabilidade das cidades é uma das principais reclamações dos prefeitos, que sofreram com os reflexos da crise econômica e as medidas tomadas pelo governo para combatê-la (como a redução do IPI) nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Limite
O deputado federal Wilson Picler (PDT-PR) quer limitar o capital estrangeiro aplicado em instituições privadas de educação básica e superior. O Projeto de Lei 6.358/09, de autoria do deputado, determina que pelo menos 51% do capital dessas instituições pertença, direta ou indiretamente, a brasileiros. Na justificativa do projeto, Picler coloca que essa seria uma questão de soberania da educação do país. Em tempo, o deputado é dono de um centro de educação superior.
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Pinga-fogo
"Conheço o governador desde os dez anos. É impossível que o Arruda, sendo filho de pais honestos como é, tenha prevaricado."
Afonso Brito, secretário extraordinário de Educação do DF, que saiu em defesa do governador José Roberto Arruda, que na avaliação dele é vítima de uma armação e de injustiça das "instituições".
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