O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, negou nesta terça-feira (25), que o resultados das últimas pesquisas de intenção de voto tenham levado o PSDB e ele próprio a pressionar o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), a assumir o posto de vice em sua chapa. "Não há nada que imponha que teria que ser Aécio ou não", afirmou Serra.
O pré-candidato tucano revelou que o próprio PSDB já esperava o crescimento de sua adversária, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, nas pesquisas. " Não há nada que não tivesse previsto. Essa certa evolução das coisas. Isso que está acontecendo agora (crescimento de Dilma) estava previsto", garantiu Serra.
Voltando a falar sobre a possibilidade de Aécio vir a ser seu vice, Serra foi direto ao afirmar que nunca "desenvolveu" pressão para que o colega de partido assumisse o posto. Serra, no entanto, deixou claro que não estava dando a entender que queria ou não queria Aécio: "Só estou dizendo que, pessoalmente, nunca desenvolvi nenhum tipo de pressão nem num sentido (para Aécio ser vice), nem no outro (para não ser)."
Debates
O pré-candidato tucano também falou de sua vontade de ter "maior interação" com os demais pré-candidatos à Presidência. "Algum debate, alguma interação era mais útil. Acho que seria bom ter interação maior entre os pré-candidatos. Acho que os pré-candidatos têm nível de maturidade e cordialidade bom, que tornará mais frutífera qualquer exposição", afirmou Serra.
Por questões que envolvem a legislação eleitoral, todos os eventos realizados até o momento que contaram com a presença de Serra, Dilma e da pré-candidata do PV, Marina Silva, foram realizados no formato de sabatina. Todos os três responderam questões formuladas por interlocutores, mas não debateram entre si, o que motivou a fala de Serra.
Serra também disse "estar mais calmo" em suas falas públicas e garantiu que a figura nervosa mostrada em momentos anteriores não irá mais aparecer. Ele afirmou ainda que pesquisa eleitoral não estressa: "Estou mais calmo, porque é um método para não me estressar. Pesquisa não estressa porque se estressasse eu tava perdido."
Presidente iraniano
Ao falar de política internacional, o pré-candidato do PSDB, José Serra, cometeu uma gafe ao pronunciar três vez errado o nome do presidente iraniano, Mahamoud Ahmadinejad. Serra chamou Ahmadinejad de "Ahmanijeda". O candidato tucano criticou as relações com o regime do presidente iraniano e comparou Ahmadinejad a ditadores como Mussolini.