O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), divulgou nota neste sábado para rebater as críticas do ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, de parlamentares governistas e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que teria sido precipitado ao anunciar que recursos da Visanet/Banco do Brasil foram desviados para o PT.

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"Este relator não foi precipitado, nem desejou criar notícia antecipando o relatório que será apresentado na próxima quinta-feira. Pelo contrário, o assunto não é matéria investigada pela Sub-Relatoria de Assuntos Financeiros", ressaltou.

Serraglio negou ainda que tenha feito ilações como afirmou o deputado Carlos Abicalil (PT-MT), seu colega de CPI.

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"Não houve qualquer ilação do relator. Os fatos estão documentados. É preciso observar que são duas situações: uma, a transferência de recursos, a partir do BB até o PT; outra, a não prestação de serviços. Os valores são assemelhados e se compensariam", esclareceu o relator em outro trecho da nota.

Ele lembrou ainda que o Banco do Brasil reconheceu que os serviços não foram prestados, tanto que teria antecipado à CPI sua disposição de acionar a DNA.

Irritado com as declarações de Abicalil, de que o empresário Marcos Valério de Souza esclareceria se os serviços pagos pela Visanet/Banco do Brasil foram prestados ou não, Serraglio reagiu com ironia. "Vai ser o Marcos Valério, agora, depois de uma CPMI e auditoria, que comprovará os serviços ? O pagamento foi feito há mais de ano e meio atrás... Basta dizer que a CPMI tem duas versões da contabilidade da empresa. Ainda assim, com várias inconsistências e períodos não registrados. Aliás, estava incinerando notas...", acrescentou na nota.

Serraglio salientou ainda que quem emprestou recursos ao PT foi a empresa Rogério Tolentino, do grupo Marcos Valério, segundo consta de sua relação de empréstimos e que foi reconhecida por Delúbio Soares, então tesoureiro do Partido. "A DNA recebeu do BB, transferiu para o BMG, que emprestou à Rogério Tolentino e, desta, para o PT", concluiu o relator.

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