Dois servidores que atuavam na Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) da Secretaria de Educação, cujos nomes não serão revelados pela Gazeta do Povo, confirmaram que a realização de viagens de servidores em nome de outros é prática comum na pasta.
Um deles explica que, como pode haver demora na prestação de contas, é comum ocorrer o "empréstimo" de cartões corporativos por parte de outros colegas do órgão. "É prática ocorrer viagem em nome de outro porque um dos servidores pode, por falta de prestação de contas, estar impedido de viajar. Isso sempre ocorreu e ainda ocorre na Sude", diz. Ele ainda conta que, por isso, também é prática que os responsáveis em operar a Central de Viagens fiquem de posse dos cartões de outros funcionários e suas respectivas senhas.
Outro servidor afirma que nunca recebeu nem solicitou cartão corporativo. "Ouvi dizer do esquema da Central de Viagens e que estavam usando nomes de outros servidores. Fui pesquisar no portal do governo e descobri que meu nome constava em viagens. Nunca precisei e nem viajei pela Sude", afirma ele.
Esse servidor diz que nem todos os funcionários que entregaram os cartões aos responsáveis pela Central de Viagens são inocentes. "Tem servidor que recebeu diária e viajou com dinheiro do estado enquanto estava de férias", diz.
Já outro servidor, que também atuava na Sude, afirma que no período das viagens em que foi citado em relatórios, ele passou a atuar numa instituição de ensino. "Nunca viajei nem tive cartão corporativo. Usaram o meu nome indevidamente e sem eu saber. Isto não pode ficar impune", reclama.
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