O comunicado foi enviado aos servidores estaduais na manhã desta quinta-feira
Terça-feira (8) será feriado municipal em Curitiba, dia da padroeira da cidade Nossa Senhora da Luz dos Pinhais -, mas haverá expediente normal para os cerca de 30 mil funcionários públicos estaduais da capital, por determinação do governador Roberto Requião. O comunicado foi enviado aos servidores na manhã desta quinta-feira (3) por meio de uma circular assinada pelo chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro.
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu, os servidores de Curitiba devem trabalhar normalmente porque a cidade é o centro administrativo do estado, e, caso isso não acontecesse, poderia repercutir e atrapalhar o trabalho em outras cidades do interior do Paraná.
Além disso, outra explicação foi a de que serviços essenciais, como o dos servidores da saúde, não podem ser paralisados, por causa da prevenção e dos atendimentos da gripe A. Dessa forma, os outros setores também devem trabalhar normalmente. A assessoria de imprensa disse ainda que o governo do estado não entende a reclamação dos servidores, pois se trata de apenas um dia de trabalho e é uma questão de interesse público.
No entanto, esse não é o pensamento de todos os servidores. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP), Marilei Fernandes de Carvalho, afirmou que o feriado municipal de Curitiba deveria ser mantido. "Outras cidades tiveram seus feriados e Curitiba também deveria ter o seu dia", afirmou Marilei.
Além disso, Marilei disse que nem todos os professores trabalharão na terça-feira (8). Isso porque cada escola tem autonomia para definir como será feita a reposição das aulas, que ficaram suspensas entre 31 de julho e 15 de agosto por causa da gripe A. Nas escolas em que foi decidido que haveria recesso na terça-feira, não ocorrerão mudanças e a folga está mantida. "A maioria das escolas deve manter o recesso, pois elas têm até 11 de setembro para apresentarem o novo calendário escolar com as datas da reposição", disse a presidente do sindicato. O ano letivo das escolas estaduais será encerrado em 21 de dezembro.
Estatais
Nas empresas estatais, como Copel e Sanepar, as relações trabalhistas são regidas pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e para que trabalhem no dia do feriado, terá que haver pagamento de hora extra ou folga em um outro dia.
Por esse motivo, o Sindicato dos Eletricitários do Paraná, que reúne os funcionários da Copel, vai pedir que haja uma das duas formas de compensação. "Esse feriado foi estabelecido em 1967 e sempre foi respeitado e acatado pela empresa", disse o presidente do sindicato, Alexandre Martins.
A Copel foi procurada para comentar a questão, mas não retornou às ligações até as 20 horas.
Já a assessoria de imprensa da Sanepar afirmou apenas que a empresa cumprirá a determinação do governador Roberto Requião e aquilo que determina a lei. No entanto, não se manifestou sobre possíveis custos que a medida poderá gerar, por causa do pagamento de horas extras ou outro tipo de compensação.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia