A vida não anda nada fácil para a presidente Dilma Rousseff. Ruptura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ),pedaladas fiscais, oposição acenando com impeachment, fogo amigo do ex-presidente Lula, economia negativa, desemprego aumentando... Enfim, se não bastasse, a nova crise tem relação com o judiciário, que, amparado pela aprovação no Senado, pede um aumento salarial nada insignificante, que varia entre 56,4% a 78,6%.
Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa defende o “veto integral” do projeto de reajuste. O prazo para a presidente Dilma Rousseff sancionar ou vetar a proposta termina nesta terça-feira (21). Ela já indicou que irá vetar.
Como forma de pressionar, servidores do judiciário fazem protestos quase diários. Na manhã desta terça-feira (21), cerca de 300 pessoas estão protestando em Curitiba, segundo estimativas da Polícia Militar. A concentração foi na praça Santo Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Os manifestantes, que ganharam o apoio de funcionários do INSS (reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho),do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho Previdencia Social e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest-PR) – os funcionários técnicos e administrativos das universidades estão em greve. Ambos os grupos protestam por melhores condições de trabalho e recomposição salarial devido a perdas inflacionárias. A caminhada segue pelas principais ruas do centro de Curitiba. Além de palavras de ordem contra Dilma e o governo federal, havia também faixas contra o governador Beto Richa (PSDB).
Na segunda-feira (20), os manifestantes se encontram em frente ao Palácio do Planalto, justamente para que a presidente ouvisse as reivindicações. Abusando do bom humor, os servidores compararam Dilma com o polêmico presidente venezuelano Nicolás Maduro. Virou Dilmadura.
Trânsito em Curitiba
O protesto de servidores públicos federais começou às 9h, na Praça Santos Andrade. Depois, percorreu as avenidas Marechal Deodoro e Marechal Floriano, encerrando a com uma concentração na Boca Maldita. Por volta das 10h30, a ocupação da rua Marechal Deodoro, na altura da Esquina das Marechais, complicou o trânsito na região.
Projeto
A proposta aprovada pelo Senado prevê aumentos a partir de 1 de julho de 2015 de 20%; 40% a partir de dezembro de 2015; 55% a partir de julho de 2016; 70% a partir de dezembro de 2016; 85% a partir de julho de 2017 e integralmente a partir de dezembro de 2017.
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