Servidores do Ministério Público da União param por tempo indeterminado

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Começou nesta quarta-feira (8) a greve nacional dos servidores do Ministério Público da União (MPU). No Paraná, aproximadamente metade dos cerca de 500 funcionários do MPU, que engloba o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Militar (MPM), aderiram à greve, de acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu).

Segundo o diretor do sindicato no Paraná, Leandro Leite, a reivindicação é para que seja aprovado o plano de carreira para os servidores do MPU. "Esse plano foi encaminhado para o Congresso em 2009 e aguarda aprovação. Enquanto isso, os salários seguem congelados já há seis anos", explica o diretor.

O Sinasempu ainda reclama de "ingerência" do Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos. De acordo com Leite, além de questões salariais, os servidores reivindicam revisão de questões como progressão de carreira, valorização e capacitação dos servidores. Ele acredita que, no ritmo em que está caminhando o projeto, a aprovação no Congresso só ocorra no ano que vem.

Para o diretor, a categoria não está de acordo com a forma como o Procurador está administrando a questão e a relação dele com o governo federal. "O MPU fiscaliza o próprio Poder Executivo e a forma como o Procurador reagiu com relação às denúncias envolvendo o ex-ministro Palocci, por exemplo, quando praticamente o absolveu, é motivo de preocupação", argumenta Leite.

O diretor ressalta que a greve é nacional, mas no Paraná as paralisações ocorreram no MPM, em Curitiba, e nas nove unidades do MPT e quinze do MPF espalhadas pelo estado. "Queremos que os servidores tenham melhores condições de trabalho para melhor atender à população", diz Leite.

A greve deve continuar pelo menos até o fim de semana. Pelo menos 30% dos servidores de cada unidade não vão parar com os trabalhos para evitar maiores prejuízos no atendimento ao público. Nesta quarta-feira, os grevistas ficaram concentrados até as 15h no MPT e depois continuaram a greve no MPF. Nesta quinta-feira (9), o grupo vai se concentrar inicialmente no MPF e depois segue até o MPT.