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Em assembleia nesta sexta-feira (17), os servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Curitiba, optaram por aderir à greve iniciada no Ministério Público Federal (MPF) na última quarta-feira (15). A paralisação no MPT deve ter início na próxima segunda-feira (20) e seguir por tempo indeterminado.

Segundo informações do movimento grevista, o Poder Executivo vem fazendo alterações na previsão orçamentária do órgão, cortando as verbas destinadas à reposição salarial. "Nossa reivindicação é pela garantia à autonomia orçamentária do MP e, assim, e obter a reposição inflacionária. Na iniciativa privada, há dissídio todo ano. No nosso caso não temos nada e a inflação está comendo nosso salário", afirma Roberto Vilela, integrante do grupo de mobilização dos servidores do MPT.

Assim como no MPF, também no MPT deve ser mantido um percentual de 30% de servidores em atividade. "Serviços essenciais, como denúncia de trabalho escravo continuarão a ser atendidos. Outras denúncias vindas da população também, mas num ritmo menor, da forma como for possível", afirma Vilela.

No interior, os servidores de Londrina devem parar a partir de terça-feira (21). Em Ponta Grossa, a paralisação começa na quinta-feira (23). Nas duas cidades, o tempo de suspensão das atividades também é por tempo indeterminado.

Reivindicações

De acordo com Danilo Carrijo, integrante do grupo de mobilização dos servidores do MPF, a greve ocorre por causa da falta de autonomia econômica do Ministério Público para realizar reajustes salariais aos funcionários. Segundo o manifestante, embora a verba para reposição salarial seja incluída na previsão orçamentária, o poder executivo corta este item do texto final do Projeto de Lei do Orçamento. Os servidores do MPF e do MPT estão sem reajustes nos vencimentos desde 2006.

Por lei, o governo é obrigado a entregar o Projeto ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto. A reivindicação é que a previsão de reajuste salarial seja mantida neste projeto. "Se for, já teremos conseguido dar o primeiro passo. Depois, será necessário que o aumento, em si, também passe por votação no Congresso por meio de Projeto de Lei", explica Carrijo.

A reportagem entrou em contato com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Pela assessoria de imprensa, foi informado que o governo tem até o dia 31 de agosto para entregar o Projeto de Lei do Orçamento e, até lá, não poderá adiantar informações sobre o assunto.

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