Londrina Após 106 dias, os servidores decidiram ontem encerrar a maior greve da história do funcionalismo municipal de Londrina. Sem uma resposta da prefeitura para a reivindicação de 27% de reposição salarial, o movimento grevista decidiu retornar ao trabalho.
Diante de 200 funcionários, Marcelo Urbaneja, presidente do Sindicato dos Servidores de Londrina (Sindiserv), colocou em votação a proposta de retorno, sob pressão daqueles que queriam a continuidade do movimento. Mesmo com o fim da paralisação, os servidores decidiram manter o "estado de greve" e prometem voltar a interromper os serviços públicos todas as quintas-feiras, a partir da semana que vem.
Com o fim da greve, o Sindiserv agora espera que o prefeito Nedson Micheleti (PT) cumpra a promessa repetida diversas vezes de que sentaria para conversar com os funcionários assim que retornassem ao trabalho. "Agora está aí. Voltamos amanhã (hoje) e quero ver o que acontece. Vou mandar um ofício com as entrevistas que ele deu nas tevês para que lembre da promessa", afirmou Urbaneja.
O sindicalista diz que os funcionários vão esperar uma resposta do prefeito e que torce para Micheleti "arrumar as malas e ir embora de Londrina".
O secretário de Gestão Pública, Jacks Dias, afirmou que o prefeito não deve conversar com servidores. "Não temos como negociar nenhum reajuste", disse. Segundo ele, a prefeitura estaria impedida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de atender ao pedido. Alertado de que o artigo 22 da LRF não impede recomposições salariais com perdas da inflação, e sim reajustes reais, Dias concordou: "É, de fato a lei não impede a recomposição anual. Mas de qualquer forma não temos dinheiro". Após a entrevista do secretário, a assessoria de imprensa do prefeito afirmou que Nedson Micheleti "está aberto ao diálogo". A negociação, segundo a prefeitura, deve ser feita por intermédio do próprio secretário de Gestão Pública.
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