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Discursos sobre as reivindicações da categotia marcaram a mobilização dos servidores estaduais | Priscila Forone / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Discursos sobre as reivindicações da categotia marcaram a mobilização dos servidores estaduais| Foto: Priscila Forone / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Representantes dos 14 sindicatos que integram o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) - órgão que reúne entidades trabalhistas dos servidores públicos estaduais – fizeram uma mobilização em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (27). Durante a tarde, os servidores acompanharam parte da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná (AL).

O ato começou por volta das 9 horas e reuniu cerca de mil pessoas, de acordo com a coordenação do Fórum. Uma das principais reivindicações dos servidores é a antecipação do reajuste de 5% para o mês de abril. O governo do estado pretende aplicar o aumento a partir de maio. Os sindicatos querem também que as pessoas que foram aprovadas em concursos públicos do estado sejam chamadas. "Temos quase 50 mil pessoas aprovadas e elas precisam começar a trabalhar", argumentou Heitor Rubens Raymundo, coordenador do FES e membro do Sindi/Seab (Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e afins) – uma das entidades que compõem o fórum.

Outra questão é o pedido de reajuste salarial de 14,9% sobre as gratificações. A solicitação é para que o aumento seja pago retroativo ao mês de março. "O governo do estado havia se comprometido a pagar o reajuste desde março. Vamos cobrar o que nos foi prometido", disse o coordenador do FES.

Outro sindicato que faz parte do FES, e que participa do protesto, é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato). Além das reivindicações de todos os servidores, a APP quer debater a questão da equiparação salarial dos professores com os demais servidores públicos que têm curso superior. "Lutamos para conseguir o reajuste de 25,96%, para que os professores do estado recebam como os demais servidores com nível superior", afirmou Luiz Carlos Paixão da Rocha, secretário de imprensa da APP-sindicato".

Outros atos

Houve uma reunião entre representantes do FES e a secretária da Administração e Previdência, Maria Marta Lunardon, às 11 horas. De acordo com o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), não houve avanços na reunião. "Nenhuma das reivindicações foi atendida", afirmou o coordenador do FES.

Dessa forma, uma nova reunião entre as partes foi marcada para 20 de maio. Representantes do FES irão se reunir na próxima quarta-feira (5) ou na quinta-feira (6) para discutir o encontro desta terça-feira (27) com a secretaria. Os servidores também esperavam que o governador do estado, Orlando Pessuti, participasse da reunião, o que não ocorreu.

Por volta das 14 horas os servidores do estado foram para a Assembleia Legislativa do Paraná. Eles ocuparam todas as galerias do plenário para acompanhar o discurso do coordenado do Fórum durante a sessão.

Raymundo pediu a intervenção dos deputados junto ao governo do estado para que suas reivindicações sejam atendidas. Ele também falou sobre as denúncias apresentadas pela série de reportagens "Diários Secretos" da Gazeta do Povo e da RPCTV.

Ele defendeu a atuação mais rápida dos órgãos na apuração das denúncias e que os culpados sejam punidos. Em resposta, o presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM), disse que o parlamento saíra fortalecido. "A verdade não ficará em baixo do tapete", disse Justus.

Aulas serão mais curtas nesta terça-feira

Além da mobilização no Centro Cívico, os professores querem debater o andamento das negociações com o governo do estado nas escolas. Por esse motivo, as aulas nas escolas da rede estadual foram mais curtas nesta terça-feira (27). Foram 30 minutos de aula - e não 50 minutos como normalmente ocorre. O ato acontece em todo estado nesta terça-feira e nos três turnos.

O tempo que sobrar será utilizado para o debate sobre as reivindicações da categoria, tais como reajuste salarial, concurso público, infraestrutura das escolas, melhorias nas condições de trabalho, entre outros temas. As escolas decidirão se o debate envolverá os alunos ou será feito apenas entre professores e demais servidores das escolas.

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