Diversas categorias de servidores públicos federais realizam uma manifestação em frente ao estádio do Maracanã, na zona norte do Rio, na manhã desta sexta-feira (24). Cerca de 150 pessoas, entre professores universitários, profissionais da área de saúde e da cultura, além de estudantes, participam do ato para pressionar o governo federal a retomar as negociações em Brasília.
Os manifestantes rejeitam a proposta de aumento salarial de 15 5% apresentada pelo governo na última semana. Eles também exigem negociação sobre o plano de carreira de cada categoria. "O governo nunca foi tão burro com os servidores federais. Ele vem protelando desde março e deixou para a última semana a apresentação da proposta. O clima de tensão é inevitável", afirmou Geandro Pinheiro, diretor do Sindicato dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os servidores estão concentrados no entorno do Maracanã e pretendem sair em passeata até o câmpus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), localizado próximo ao estádio. Uma viatura da Polícia Militar e guardas municipais acompanham o protesto.
Mais cedo, servidores ligados ao Ministério da Cultura (MinC) fizeram um ato simbólico em frente ao Museu da República, no Catete, na zona sul do Rio. Vestidos de pijama, eles lembraram a morte do presidente Getúlio Vargas, há 58 anos, e alertaram para o que eles chamam de descaso na manutenção de equipamentos culturais da União e esvaziamento dos quadros de servidores dos órgãos ligados ao MinC. Eles estenderam na calçada em frente ao museu uma réplica de 13 metros do pijama usado por Getúlio Vargas no dia de seu suicídio.