Os servidores municipais de Paranavaí, que estão em greve desde quarta-feira, decidiram ontem, em assembléia, manter a paralisação na próxima semana. O prefeito Maurício Yamakawa (PDT) determinou a contratação de trabalhadores para substituir os grevistas, caso seja necessário, principalmente para os serviços essenciais. O prefeito disse, por meio da assessoria de imprensa, que o movimento tem pouca adesão e não afetou os serviços prestados pelo município.
O assessor jurídico do Sindicato dos Servidores Municipais de Paranavaí, Celso José dos Santos, calcula que 300 servidores estejam participando da greve. A prefeitura emprega 1.546 pessoas. Segundo Santos, o movimento ganhou novas adesões ontem e deverá ampliar o alcance na próxima semana. Entre as reivindicações da categoria estão a adequação do plano de cargos e salários e a redução da terceirização nos serviços públicos como merenda escolar, poda de árvores e coleta de lixo. A presidente do sindicato, Eliane Rodrigues Tavares, acusa a administração de pressionar os servidores para não aderir à greve.
A prefeitura garante que a adesão à greve foi inferior a 10% nos três primeiros dias. Segundo Yamakawa, o município gasta 51,8% da arrecadação para cobrir a folha de pagamento e não pode aumentar esse indice, sob pena de punição pelo Tribunal de Contas. Na avaliação da administração municipal, a adequação no plano de cargos e salários proposta pelo sindicato dos servidores resultará em elevação dos salários.
O prefeito garante que não fechou o canal de diálogo, nem pressiona os trabalhadores, mas não pode falar em reajuste. A prefeitura alega que nos últimos dois anos e meio concedeu 16% de ganho real nos salários do funcionalismo e um dos marcos foi a instituição do abono social, que define em R$ 450,00 o menor salário pago pela administração municipal.
Além da assembléia, ontem o servidores promoveram uma passeata no centro da cidade e participaram de sessão extraordinária na Câmara Municipal para pedir o apoio dos vereadores. Os grevistas prometem manter a concentração segunda-feira, na frente da prefeitura.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião