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Duas parcelas de reajuste é o que propõe o governo do Paraná: uma de 3,2% em maio e outra de 3,19% em julho.

Sob protestos dos servidores estaduais, o governo do Paraná enviou ontem à Assembleia Legislativa o projeto que prevê reajuste salarial de 6,49% para o funcionalismo estadual. A divergência, porém, está na decisão do Executivo de parcelar o pagamento: 3,2% neste mês e 3,19% em julho. Ameaçando fazer uma vigília em frente ao Palácio Iguaçu, os servidores devem contar com a ajuda da bancada de oposição para propor uma emenda derrubando o parcelamento.

O índice oferecido pelo governo corresponde à inflação dos últimos 12 meses medida pelo IPCA. O porcentual não corresponde às expectativas do funcionalismo, que pedia 13,5% – o aumento do mínimo regional mais 1%. Já resignados com o índice oferecido, os servidores não abrem mão de receber o reajuste em uma única parcela ainda na folha deste mês, em respeito à data-base de 1.º de maio.

"Temos dificuldades orçamentárias e legais de limite de gastos com a folha. Não é má-vontade do governador. Estamos concedendo o que é possível dentro das limitações", justificou o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB). Por outro lado, a coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, Marlei Fernandes, defende que a Lei de Responsabilidade Fiscal não coloca qualquer impedimento à reposição da inflação em relação aos gastos com pessoal. "Além disso, a receita cresceu 13,5% neste ano. Onde está esse dinheiro?", questiona.

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