A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condisef) anunciou nesta quarta-feira (22) que vai entrar com pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o corte integral do ponto de servidores, anunciado nesta terça-feira (21) pelo governo.
Segundo o Condisef, em greves anteriores o corte no ponto era de apenas alguns dias, mas desta vez há servidores que estão com os contracheques zerados. A entidade entende que o corte não deve ser de todos os dias, e depois deve haver uma negociação para reposição dos dias parados.
O Ministério do Planejamento divulgou ontem que foi autorizado o corte do ponto de 11.495 funcionários do Executivo. A medida não atingiu os professores das universidades federais, que já fecharam acordo de reajuste salarial entre 25% e 40% até 2015.
Também na noite de terça, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que serão aplicadas sanções aos grevistas em casos de desrespeito à lei, referindo-se às greves da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Nesta quarta-feira, o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF), Cledo Vieira, disse que o governo federal ofereceu uma proposta de reajuste salarial de 15,8%, parcelado em três anos, para os servidores do Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) em todo o Brasil. Até então, as negociações, com base nesse mesmo índice, estavam restritas aos servidores do Executivo, que participam de uma série de reuniões com o governo federal desde o início de março.
Já a greve dos técnicos das universidades federais se aproxima do fim, com o fechamento de acordo da categoria com o governo, aceitando o reajuste de 15,8%. De acordo com a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras), dos 37 sindicatos regionais que representam os servidores das universidades federais, 25 já haviam aceitado o aumento até o começo da tarde desta quarta-feira.
Enquanto isso, os servidores do Itamaraty decidiram nesta quarta-feira retomar a greve, suspensa no dia 2 de julho. De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SindItamaraty), até às 15h de hoje, 34 postos do MRE já haviam aderido à greve. Os assistentes e oficiais de chancelaria e diplomatas decidiram parar por tempo indeterminado, o que afeta os serviços prestados pelo Itamaraty, incluindo a emissão de vistos e passaportes nesses postos em todo o mundo.
Estão paralisadas as operações nos postos em importantes cidades do mundo, como Sydney, Beirute, Roma, Porto, Madri, Barcelona, Bruxelas, Londres, Buenos Aires, Dublin, Zurique e São Francisco.
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