Londrina Os funcionários da prefeitura decidiram retomar o trabalho nas 54 unidades de saúde de Londrina, fechadas total ou parcialmente desde o início da greve, que completa hoje 95 dias. A decisão foi tomada em assembléia, realizada depois que os servidores ocuparam a Câmara Municipal e promoverem o enterro simbólico do prefeito Nedson Micheleti (PT) e 12 vereadores.
Antes da votação, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), Marcelo Urbaneja, afirmou que a volta ao trabalho seria necessária para cumprimento da decisão do Tribunal de Justiça (TJ) de multar o sindicato em R$ 20 mil caso os postos continuassem trancados. "Existe uma determinação judicial que precisa ser cumprida. O nosso movimento é legal, legítimo e não abusivo. Precisamos dar um passo atrás para seguimos adiante", disse.
Ainda que a volta ao trabalho seja integral, o Sindiserv adotou a estratégia de que nas terças e quintas, dias de sessão na Câmara de Vereadores, os servidores deixem as unidades básicas de saúde para participar das assembléias gerais e manifestações no Centro Cívico.
Na volta ao trabalho, os servidores temem as condições em que vão encontrar os postos de saúde. "O vandalismo e a falta de manutenção prejudicaram muitos postos", afirmou uma servidora da saúde, sem se identificar. Apesar do fim da greve no setor, a prefeitura afirma que hoje o dia será de limpeza nas unidades, que só devem atender integralmente na semana que vem.
Ação
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ajuizou ontem, no Fórum de Londrina, uma nova ação civil pública acusando o prefeito de improbidade administrativa e pedindo ressarcimento de R$ 450 mil aos cofres públicos. A ação foi originada em razão da campanha publicitária "Londrina constrói nosso futuro" considerada pelo Ministério Público como "promoção pessoal do prefeito". Nedson Micheleti responde a outras três ações de improbidade.
Por meio da assessoria de imprensa, o prefeito informou que ainda não tem conhecimento da ação e vai aguardar ser notificado para apresentar argumentação. Ele ainda afirmou que toda a campanha foi feita dentro da legalidade e baseada na legislação.
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