A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) negou nesta quinta-feira, em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, qualquer envolvimento com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento. Ela também afirmou que nunca teve contato com os empresários Darci e Luiz Antonio Vedoin, donos da Planam, empresa acusada de comandar a fraude.
- Até a explosão do escândalo da máfia dos sanguessugas, eu nunca tinha ouvido falar dos Vedoin e da empresa Planam - disse a senadora.
Em pouco mais de duas horas de depoimento, Serys garantiu que é inocente e nunca participou de esquema ilegal.
- Todos sabem que eu não me envolveria em qualquer tipo de corrupção. Abomino qualquer tipo de corrupção, mas principalmente com dinheiro público. O dinheiro público é sagrado.
A senadora, que chegou a chorar, disse que é muito difícil fazer uma defesa porque não há prova de seu envolvimento com o esquema.
- As denúncias contra mim são acusações sem provas. Todos os citados no caso são unânimes em dizer que eu não tenho nada com a história. O próprio Luiz Antonio Vedoin disse que não sabia se eu tinha qualquer tipo de envolvimento. Disse também que o Paulo Roberto Ribeiro (genro dela) nunca disse que estava a serviço da senadora - afirmou.
- Prefiro que me tire a vida, mas não me tire a dignidade - completou Serys.
Ela garantiu aos conselheiros que sua família nunca se envolveu em sua vida política. Em depoimentos, Luiz Antonio Vedoin acusou o genro da senadora e disse que pagou a ele R$ 35 mil em troca da apresentação de emendas pela senadora para a compra de ambulâncias que acabariam por beneficiar a empresa Planam.
- Acredito que é possível os Vedoin terem usado o Paulo Roberto para tentar me envolver no esquema.
De acordo com a senadora, seu nome pode ter sido envolvido no esquema por causa de sua "atuação firme" no combate a qualquer tipo de corrupção.
Detalhes de depoimento vazado de Mauro Cid fragilizam hipótese da PF sobre golpe
Na onda do STF, Governo planeja remover conteúdo de usuários; assista ao Sem Rodeios
Pautas da oposição vão na contramão do governismo de Motta e Alcolumbre
ONU nomeia general brasileiro para tentar acabar com guerra na República Democrática do Congo
Deixe sua opinião