A Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu nesta terça-feira (13) que apenas sete das nove chapas inscritas preenchem os requisitos para concorrer às eleições indiretas ao governo do DF, marcadas para este sábado (17), que vão definir quem ocupa o cargo até 31 de dezembro.
As candidaturas do Partido Social Liberal (PSL), em conjunto com o Partido Trabalhista Nacional (PTN), e do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) foram rejeitadas por falta de documentos. Os candidatos têm 48 horas para recorrer da decisão da Mesa Diretora da Câmara.
Entre os documentos exigidos aos candidatos estão os estatutos dos partidos, certidões criminais, declarações de bens, planos de governo e comprovantes de filiação partidária. Depois de consultar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Ministério Público Eleitoral, a Câmara Legislativa flexibilizou as regras para a filiação partidária, por exemplo.
Quem se programou para concorrer nas eleições de outubro vai poder participar das eleições indiretas. Anteriormente, era preciso ser filiado ao partido há pelo um ano, antes da data do pleito indireto. "Fizemos consultas às Justiça Eleitoral e há consenso de que a flexibilização pode ocorrer, porque a situação é excepcional", afirmou o presidente interino da Câmara, deputado Cabo Patrício (PT).
Depois da avaliação da Mesa Diretora da Câmara, são candidatos ao mandato tampão Aguinaldo de Jesus (PRB), Luiz Filipe Coelho (PTB), Antonio Ibañez Ruiz (PT), Rogério Rosso (PMDB), José Messias de Souza (PC do B), Nilton Reis (PV) e Wilson Lima (PR), atual governador interino. Na segunda-feira (12), Virgílio Macedo, que concorreria pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC) renunciou à candidatura.
Crise política
O Distrito Federal enfrenta uma crise política desde que a Polícia Federal deflagrou, em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora. A PF investiga um suposto esquema de propina no governo distrital que envolveria o primeiro escalão do Executivo local, que levou à prisão e afastamento do então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) por tentativa de suborno de uma testemunha do caso em fevereiro.
Dias depois, o vice-governador Paulo Octávio renunciou ao cargo, assumindo interinamente o então presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima. Durante a prisão, Arruda teve o mandato cassado pelo TRE-DF por infidelidade partidária, deixando vago o cargo. Ele foi solto pelo Superior Tribunal de Justiça nesta segunda-feira (12), após dois meses preso.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião