Sete pessoas que viajavam do Espírito Santo para São Paulo morreram no ataque ao ônibus da Viação Itapemirim, incendiado na madrugada desta quinta-feira na Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio. Pelo menos outras 19 pessoas ficaram feridas - sendo duas em estado grave. O ônibus, que fazia o trajeto Cachoeiro de Itapemirim - São Paulo, transportava 28 passageiros. De acordo com a Polícia Militar, três suspeitos do crime foram presos até agora.

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Segundo relatos de um rapaz, 30 homens armados pararam o ônibus. Um dos bandidos subiu, assaltou os passageiros e ateou fogo no veículo.

- Tentei quebrar o vidro para ajudar alguém, mas não deu tempo - contou.

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Uma das vítimas, que voltava para casa após passar o Natal com a filha, disse que se salvou por um milagre.

- Minha única reação foi de sair. Eu disse, meu Deus, eu não quero morrer queimada - desabafou.

A maior parte dos feridos foi levada para o Hospital Getúlio Vargas, na zona norte da cidade. Quinze tiveram apenas ferimentos leves e já foram liberados. São eles: Ana Maria Paiva, Eduardo Alves dos Santos, Felipe P. Bernardo, Izaltino Nascimento, José Roberto C. Mendes, Jovelino Ceciliano da Rocha, Priscila Alessandra Silva de Santana, Robson Justino Pereira, Thalita Paiva Vilela, Cleide Couto Calheira, Cristina B. T. Coelho, Fabio S. Torres, Genaldo Gomes da Silva, Jordão Sérgio da Silva e Juliano Risse Silva

Duas vítimas, Maria da Penha Sales e Fernanda Furtado, foram transferidas em estado grave para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, com 90% do corpo queimado. No hospital do Andaraí, na zona norte, está sendo atendida a capixaba Maria Beatriz Furtado de Araújo, de 30 anos, com 45% do corpo queimado. Flávia S. Aranha Neto também continua hospitalizada.

Corpos das vítimas estão no IML e serão identificados por DNA

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Segundo a Itapemirim, a lista dos mortos só será divulgada após a conclusão dos trabalhos periciais. Os corpos das vítimas já estão no Instituto Médico-Legal (IML), mas como estão calcinados, não poderão ser identificados pelos métodos tradicionais. De acordo com o diretor do IML, Roger Ancilotti, terá de ser feito um exame de DNA para saber quem são as vítimas.

A empresa disse ainda que assumirá a despesa de traslados dos mortos. "Não obstante o fato de que ocorrências desta natureza fujam da responsabilidade da empresa, em caráter humanitário e solidário, assumiremos as despesas dos traslados das vítimas fatais. Os feridos estão sendo atendidos pela rede de hospitais da cidade do Rio de Janeiro", diz a nota.

A Itapemirim colocou à disposição de familiares dos passageiros uma central de atendimento, no telefone 11.2146-8605, aceitando ligações a cobrar.

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