Depois de passar a tarde toda reunido com assessores e o seu novo advogado, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, confirmou para o meio-dia deste domingo uma entrevista coletiva na qual vai se defender das acusações de que cobrou propina do empresário Sebastião Buani, que tem concessão para exploração de restaurante na Casa.
A defesa de Severino deverá ser sustentada pela tese de que é falso o documento que ele teria assinado garantindo a prorrogação, por três anos consecutivos, do contrato de Buani com a Câmara. Desqualificar o empresário é outra tática da defesa de Severino, que tem agora como advogado o ex-ministro do TSE, José Eduardo Alckmin.
O assessor jurídico da Câmara, Marcos Vasconcelos, que estava na reunião com Severino, disse há pouco, em entrevista na porta da residência oficial, que estão convictos de que o documento é falso e que não tem cheque nenhum para aparecer.
- É óbvio que há uma conspiração imensa. O presidente vai esclarecer tudo amanhã, porque há uma campanha sórdida se movendo contra ele - disse, acrescentando:
- Não se pode jogar 42 anos de vida pública na lixeira. Vocês têm que prestar atenção é na vida pregressa do empresário e do que ele é capaz de fazer.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura