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O sexto jovem envolvido na agressão à empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho, identificado como Arthur, depôs nesta quinta-feira na 16.ª DP (Barra da Tijuca), mas não foi indiciado. Cercado de repórteres ao deixar a delegacia, ele disse que é contra toda covardia, principalmente contra mulher. Segundo o delegado, ele confirmou que estava com o grupo no carro, mas que estava embriagado e que ficou no veículo. Arthur chegou vestido de terno e acompanhado de dois advogados. Ele não foi reconhecido por Sirlei.

Segundo o delegado, ele confirmou que estava com o grupo no carro, mas que estava embriagado e que ficou no veículo. A princípio, ele não seria indiciado por latrocínio e formação de quadrilha.

"Ele não participou das agressões. Ele estava no interior do carro. Estava bêbado e não tinha condições de sair do carro. Isso também foi falado pela prostituta que estava no ponto anterior ao de Sirlei e foi agredida. Foram cinco os agressores, não seis. Se ficar provado que de alguma forma ele estimulou essas condutas, ele vai entrar no problema. Se ele não estimulou e estava sem condições, será apenas uma testemunha, que, com certeza, falará sobre a personalidade desses rapazes. Se andam juntos, participam de alguma briga, enfim. Ele é uma pessoa do meio, apenas não participou desse evento", disse o delegado.

Prostituta também apanha

Uma prostituta identificada como Ângela prestou depoimento, na noite desta quarta-feira, na delegacia e também acusou os cinco jovens que bateram na doméstica. Ela disse que estava num ponto de ônibus anterior ao de Sirlei, na madrugada de sábado. Ela reconheceu Rubens Arruda como seu principal agressor.

"Nós conseguimos identificar uma garota de programa que estava no ponto antes daquele em que a Sirlei foi atacada. Ela disse que também foi vítima desses meninos na mesma madrugada. Ela estava com um cliente, os rapazes começaram a agredi-la verbalmente. O cliente espantou os rapazes de perto. Eles esperaram o cliente ir embora, voltaram e agrediram essa moça. O primeiro a agredir foi o Rubens. Ela já o reconheceu. O nome dessa moça é Ângela. Não vamos divulgar seu nome completo nem sua imagem por questões éticas e de represálias", disse o delegado Carlos Augusto Nogueira, que investiga o caso.

O depoimento pode confirmar a suspeita da polícia de que esses jovens teriam um histórico de agressões a garotas de programa da região .O que falta no inquérito

O delegado explicou ainda que tem informações sobre as duas mulheres agredidas junto com Sirlei no ponto, mas ainda é cedo para divulgá-las. Ele acrescentou que falta também identificar um jovem que estava num posto de gasolina e também apanhou.

"É uma coisa estranha. Todo dia aparecem novos fatos sobre esses rapazes. Eu quero colocar tudo isso nos procedimento. E enviar para o promotor e o juiz nalisarem esse caso da melhor forma possível, tanto para o bem quanto para o mal. Já ouvimos a prostituta do ponto anterior. Falta ouvir um rapaz que apanhou deles no posto de gasolina. Falta a prostituta que estava no mesmo ponto em que a Sirlei estava pegando ônibus. Faltam alguns detalhes para que o inquérito possa se encaminhar para a Justiça", afirmou Nogueira.

Taxista diz temer represálias

Nesta quarta-feira, o taxista que testemunhou a agressão prestou depoimento. De acordo com um amigo do motorista, ele não dorme desde que testemunhou o crime. Segundo o amigo, o taxista estaria muito nervoso e teme represálias. A testemunha depôs por cerca de duas horas, acompanhado de seu advogado, e saiu sem dar entrevistas. De acordo com o delegado titular da delegacia, o taxista revelou em seu depoimento a crueldade dos cinco jovens contra a doméstica. Segundo ele, outras três mulheres estavam no ponto de ônibus no momento da agressão, mas o grupo batia mais em Sirlei.Pai com medo

O empresário de informática Sérgio Andrade, pai do jovem Leonardo, um dos jovens envolvidos na agressão a Sirlei, disse que está recebendo cerca de 200 ameaças por dia pela internet .

"Leonardo tem um filho, que fará 3 anos na próxima semana. As pessoas mandam mensagens ameaçando até o menino."

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