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Vereadora quer que Silas Malafaia seja cidadão honorário de Curitiba. | Valter Campanato/Agência Brasil
Vereadora quer que Silas Malafaia seja cidadão honorário de Curitiba.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A presidente do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores, vereadora Carla Pimentel (PSC), propôs que o pastor Silas Malafaia seja homenageado com o título de cidadão honorário de Curitiba. O projeto foi protocolado na Casa nesta segunda-feira (15) e precisa ainda passar pelas comissões internas antes de ser votada em plenário, quando ocorrem debates entre todos os vereadores sobre a matéria analisada.

Malafaia, nascido no Rio de Janeiro, é fundador da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo. O pastor é famoso por posicionamentos polêmicos principalmente em relação aos assuntos relacionados a direitos homossexuais em suas pregações, que ocorrem, sobretudo, na televisão. Quando participa de entrevistas, Silas Malafaia costuma gerar discussões entre usuários de redes sociais, na internet, ao se posicionar de maneira incisiva contra o tema.

Apesar de não ser unanimidade, de acordo com a vereadora Carla Pimentel, o título de cidadão honorário não leva em consideração a opinião específica do homenageado sobre um determinado assunto, mas o conjunto da obra. "O título de cidadão honorário vem para reconhecer pessoas com princípios de bem. Ele [pastor Silas Malafaia] é uma pessoa que contribui para a sociedade e a população evangélica tem ele como um expoente", disse a parlamentar.

Carla faz parte da Assembleia de Deus, em Curitiba, que não integra a igreja de Malafaia. Segundo ela, religião e opinião não se misturam na hora do debate. "Uma coisa é falar de religião e outra coisa é opinar sobre direitos humanos. Eu fui eleita para cuidar do povo, não para decidir, por exemplo, o que essa ou aquela pessoa vai escolher para ser a sua orientação sexual", justificou.

Polêmica

A vereadora Professora Josete (PT) já adiantou que irá votar contra a proposta, mas que não questiona a legitimidade da proposição. "Por uma questão de direitos humanos, com respeito às diferenças, eu entendo que não cabe um título de cidadão honorário a essa pessoa, que tem um posicionamento extremamente preconceituoso. Mas é um direito da vereadora, no exercício de sua função democrática, apresentar o que ela achar que deve", disse.

Josete disse que a proposta deve causar polêmica quando for a plenário, mas ela não arrisca fazer um prognóstico do que pode acontecer com o projeto. "Se fosse na legislatura passada, eu diria que seria aprovada sem nenhum debate. No novo quadro, ainda tem pessoas que são mais conservadoras, que vão votar favoravelmente, mas ainda não temos uma leitura do posicionamento geral. Vai ser bom para saber o que esse novo grupo de vereadores pensa sobre os direitos humanos", antecipou.

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