Em reunião fechada do conselho político do governo, líderes aliados pressionaram o Planalto a defender a legalização dos bingos para usar parte dos recursos do jogo para a saúde ou para o aumento do salário mínimo. O líder do PR, deputado Sandro Mabel, propôs que o dinheiro de parte da arrecadação dos bingos fosse para a saúde, em vez de o governo criar um novo imposto como está sendo discutida uma nova CPMF.
Já o líder do PDT, deputado Paulo Pereira da Silva, o "Paulinho da Força Sindical", disse que os recursos poderiam ajudar a pagar um valor maior para o salário mínimo. As declarações foram vazadas pelo sistema interno de som do Palácio do Planalto.
O relator do orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), avisou que "tem margem" para subir o mínimo, mas avisou que o ministro da Previdência, Carlos Gabas, pediu que "segurasse em R$ 540" para evitar problemas para as prefeituras, que não terão como pagar os novos valores. Segundo Argello, se o mínimo ficar entre R$ 560 a R$ 600, vai bater no pico de R$ 700 no ano que vem e já tem abaixo-assinado de mais de 600 prefeituras contra o reajuste".
Pouco antes da discussão do mínimo, o deputado Paulinho da Força chegou a ameaçar o futuro governo de Dilma Rousseff com uma greve nacional das polícias militares, caso a PEC 300, que fixa o piso de R$ 3,2 mil para os PMS e Bombeiros dos Estados não seja aprovada. Paulinho fez a advertência, após ouvir do líder do PT, deputado Cândido Vacarezza (SP), que era melhor que este assunto fosse conversado somente no ano que vem, pela nova presidente Dilma e os governadores.
O som da reunião foi cortado pouco depois da chegada do presidente Lula.
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