O site do PMDB foi invadido nesta quinta-feira (15) por hackers que afirmam fazer parte do grupo Anonymous Brasil. Os invasores substituíram o conteúdo da página por uma mensagem questionando o governador do Rio, Sérgio Cabral, que é membro do partido, sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza da favela da Rocinha.

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Amarildo desapareceu em 14 de julho após ser levado por recrutas da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) à sede da unidade, no alto da comunidade.

Nesta segunda, um hacker que se identificava como "sh4d0w" havia invadido o site da sigla e deixado uma mensagem cobrando Cabral pelo sumiço do ajudante de pedreiro. O PMDB informou que encaminhou um ofício à Polícia Federal ontem pedindo a apuração do ataque e a identificação dos autores.

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O documento foi feito por causa da primeira invasão. O partido também informou que está checando se houve danos ao banco de dados do site. O endereço da legenda já voltou ao ar.

Cabral tem sido alvo de uma série de protestos no Rio e em São Paulo que pedem sua renúncia, opção descartada pelo governador. Devido às pressões, o peemedebista desistiu de utilizar diariamente um helicóptero do Estado para percorrer os menos de menos de 10 quilômetros que separam sua casa do Palácio Guanabara, ambos na zona sul da capital fluminense.

O gasto anual com operações aéreas da Subsecretaria Militar, responsável pela frota que atende as autoridades estaduais, é de R$ 9,5 milhões, incluindo combustível, seguro e aula para pilotos. Sete helicópteros atendiam ao governador, vice, secretários e presidentes de autarquias estaduais.

Em junho, o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, instaurou procedimento para apurar o uso dos helicópteros. De acordo com a revista "Veja", as aeronaves transportaram os filhos de Cabral, babás e até o cachorro da família, Juquinha. Também foram usadas, segundo a reportagem, por empregados pessoais do governador em viagem à casa de veraneio do político.

Amarildo

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O último protesto em São Paulo exigiu saber o que aconteceu com Amarildo Dias de Souza, o ajudante de pedreiro e morador da comunidade da Rocinha que desapareceu em 14 de julho, no Rio de Janeiro. Amarildo foi visto pela última vez sendo levado por recrutas da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) à sede da unidade, no alto da favela.

As câmeras de segurança localizadas diante da sede da UPP estavam queimadas no dia em que o assistente de pedreiro foi levado. Também não funcionava o GPS do carro policial usado para transportá-lo. A família de Amarildo diz acreditar que ele está morto.