São Paulo (Folhapress) – O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), declarou ontem que as denúncias contra o deputado José Dirceu (PT-SP), que responde a processo de cassação por quebra de decoro não interferem no governo. "Não creio que a situação de José Dirceu leve ou afaste o governo de qualquer crise", comentou.

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Chinaglia disse que a maioria dos parlamentares já recuou dos ataques ao governo. Na opinião dele, sabem que o presidente Lula não tem nenhuma relação com esquemas de caixa dois.

Ele participou de reunião com o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para tratar de estratégias para destrancar a pauta da Casa.

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Punição

O presidente da Câmara disse que haverá sessão deliberativa na próxima segunda e terça-feira e que as ausências serão punidas com efeito administrativo. "A Mesa não aceitará justificativa. A não ser em caso de saúde", disse.

Aldo destacou que a sessão de sexta-feira (28), suspensa por falta de quorum, era apenas de debate e não-deliberativa. Apenas 20 dos 513 parlamentares estiveram presentes no plenário.

O deputado disse que não descarta a possibilidade de o processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) ser votado na data estipulada por ele, no dia 9 de novembro. "Não descarto a possibilidade de o Conselho de Ética cumprir o calendário e, caso isso não aconteça, a Mesa adotará as providências necessárias.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na prática obriga o Conselho de Ética a realizar uma nova reunião para votar o pedido de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP), poderá atrasar a sessão do plenário.

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A deputada Angela Guadagnin (PT-SP), que em reunião anterior pediu vistas ao documento, adiando assim em duas sessões a votação da cassação de Dirceu, informou ontem que pretende tomar a mesma iniciativa. A sessão para a releitura do parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) está marcada para a próxima segunda-feira.

Por 13 votos a um, o Conselho de Ética aprovou anteontem a cassação de Dirceu. Foi de Angela o único voto a favor do ex-ministro.

No mesmo dia, o ministro Eros Grau determinou que Delgado refaça seu relatório que pede a cassação de Dirceu. Para não atrasar mais os trabalhos, o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), marcou sessão para o dia 31.